terça-feira, 1 de março de 2011

O Bom não basta...tem que ser o melhor! será?

Tirado de um email que recebi...
***
Estamos obcecados com "o melhor".
Não sei quando foi que começou essa mania, mas
hoje só queremos saber do "melhor".

Tem que ser o melhor computador, o melhor carro,
o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor
operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho.

Bom não basta.

O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os
outros pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes,
porque, afinal, estamos com "o melhor".

Isso até que outro "melhor" apareça -
e é uma questão de dias ou de horas até isso acontecer.

Novas marcas surgem a todo instante.
Novas possibilidades também. E o que era melhor,
de repente, nos parece superado, modesto, aquém
do que podemos ter.

O que acontece, quando só queremos o melhor,
é que passamos a viver inquietos, numa espécie
de insatisfação permanente, num eterno desassossego.

Não desfrutamos do que temos ou conquistamos,
porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter.

Cada comercial na TV nos convence de que merecemos
ter mais do que temos.
Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os
outros (ah, os outros...) estão vivendo melhor,
comprando melhor, amando melhor, ganhando
melhores salários.

Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás,
de preferência com o melhor tênis.

Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos.
Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente.

=> => =>

Se não dirijo a 140, preciso
realmente de um carro com tanta potência?

Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que
subir na empresa e assumir o cargo de chefia que
vai me matar de estresse porque é o melhor cargo
da empresa?

E aquela TV de não sei quantas
polegadas que acabou com o espaço do meu quarto?

O restaurante onde sinto saudades da comida de
casa e vou porque tem o "melhor chef"?

Aquele xampu que usei durante anos tem que ser aposentado
porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro?

O cabeleireiro do meu bairro tem
mesmo que ser trocado pelo "melhor cabeleireiro"?

Tenho pensado no quanto essa busca
permanente do melhor tem nos deixado
ansiosos e nos impedido de desfrutar o
"bom" que já temos.

A casa que é pequena, mas nos acolhe.

O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria.

A TV que está velha, mas nunca deu defeito.

O homem que tem defeitos (como nós), mas nos
faz mais felizes do que os homens "perfeitos".

As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu,
mas vai me dar a chance de estar perto de quem amo...

O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas
das histórias que me constituem.

O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e
sente prazer.

Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso?

Ou será que isso já é o melhor e na
busca do "melhor" a gente nem percebeu?

Leila Ferreira (Jornalista)

***
Dura realidade, quem não pensa assim? são poucos... hora de refletir e ver se o melhor! vale mesmo a pena... e se realmente é o melhor pra nós.


Nice!!

;)

3 comentários:

  1. Bah, não tem nem o que comentar nesse email..
    É importante que todos tenham consciência do que essa jornalista escreveu e que, não apenas leiam, mas também tentem encaixar a sua vida nesse contexto, conseguindo, assim, refletir e buscar ~realmente~ o melhor jeito de viver..

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  2. Por isso eu escolhi o PIOR amigo: VOCÊ! :))

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  3. a inversão de valores é algo que foi plantado em nós lá no 1 ano de escola...."você é o melhor aluno, o melhor amiguinho." e quanto mais passam os anos, maiores são nossas aspirações, até pq a nossa estrelinha de Melhor Aluno do Ditado já não convence nem a nós mesmos...no fundo, é um longo processo de auto-convencimento,insuflando um ego meio gasto,tentando mostrar para nós mesmos que somos capazes de mais, de superar as adversidades e ser a cada dia...menos piores, se preferir assim...mas se serve de consolo, eu tenho O PIOR CARRo DA HISTORIA da FIAT!!

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